sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

TMO anemia falciforme- Jornal a tarde- Slvador

Novos tratamentos para a anemia falciforme ampliam chance de cura
A Tarde – Salvador/BA
1º/11 – domingo
Elvis Silva Magalhães, 42 anos, mora em Brasília. Francineire de Assis, 39, resideem
Salvador. Realidades diferentes, uma história em comum: a luta contra a anemia
falciforme. A doença é provocada por alterações nos glóbulos vermelhos. Tem origem
genética e é comum entre a população afrodescendente
FABIANA MASCARENHAS
Em Salvador, aproximadamente 15% da população apresenta o traço. Na Bahia, Estado
com maior número de casos, um em cada 650 nascidos vivos tem a enfermidade, o que
representa, em média, 650 crianças por ano, de acordo com dados do Ministério da
Saúde.
Mas os 1.542 km que separam a vida de Elvis e Francineire não os unem apenas pela
luta contra a doença. Apesar da distância, eles compartilham o mesmo sentimento: a
alegria em ver a sua vida modificada por tratamentos que, nos últimos anos, vêm
devolvendo esperança aos pacientes com a doença.
Francineire, há exatos três meses, comemora a possibilidade de subir e descer ladeiras
e escadas sem dores após uma cirurgia ortopédica com atécnica das células-tronco. Já
Elvis se curou da doença por meio de um transplante de medula óssea realizado no dia
18 de maio de 2005. “Minha vida mudou completamente. Vivo atualmente uma vida que
não conhecia, que não tinha condições de viver antes”, relata Elvis Silva, que é
coordenador da Associação de Pacientes com Anemia Falciforme de Brasília.
Ele foi um dos dez brasileiros submetidos ao transplante de medula em caráter
experimental, em centros especializados. Os pacientes são de Ribeirão Preto, São Paulo
e Rio de Janeiro. No mundo, já foram realizados cerca de 400. A cura chega a 90% dos
casos. “O percentual de mortalidade é de apenas 10%, o que é baixo, principalmente se
levarmos em conta que a anemia falciforme é uma doença sistêmica e atinge diversos
órgãos do corpo, podendo levar à morte”, explica Marco Araújo Salvino, hematologista do
Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia (HC-Ufba) e coordenador do
programa de transplante de medula óssea da Bahia.
Entrave
Mas, como nem tudo são flores, segundo o hematologista, a Sociedade Brasileira de
Transplante de Medula Óssea concluiu um consenso que coloca a anemia falciforme
entre as doenças que têm indicação de transplante de medula óssea. A elaboração do
documento levou em consideração dados da literatura internacional que apontam cura
dos doentes tratados. É considerado curado o paciente que não desenvolve mais a
doença depois de cinco anos.
17
Clipping – 31 de outubro a 3 de novembro de 2009, sábado a terça
Núcleo de Comunicação/SVS
Contato: (61) 3213-8083 / svs@saude.gov.br
O problema é que, apesar das evidências, o Ministério da Saúde ainda não incluiu a
doença no rol de indicação para transplante. “Atualmente, esse tipo de procedimento não
consta da lista de indicações do Ministério da Saúde, por isso ele ainda não é coberto
pelo SUS. Estamos tentando incluir a pessoa com anemia falciforme na lista e
aguardamos uma definição do órgão”, diz Marco Salvino.
Ele ressalta, no entanto, que a indicação é adequada em alguns casos específicos. “O
transplante é indicado para o caso de pacientes que têm crises graves e recorrentes, mas
que não têm falência ou lesão dos órgãos, e aqueles que são resistentes ao tratamento-
padrão”. Estima-se que cerca de 20% dos pacientes com anemia falciforme terão a
indicação para o transplante.
É necessário ter um doador compatível na família (30% de chances). Como a técnica
não é regulamentada, não é possível buscar pessoas compatíveis nos cadastros. O
Ministério da Saúde informou que ainda não incluiu a anemia falciforme na lista de
indicações de transplante, pois acredita que os estudos ainda não apresentam evidências
suficientes para recomendar a disponibilização da técnica de forma irrestrita.
O órgão informou, ainda, que pretende iniciar um protocolo de pesquisa para avaliar a
eficácia e a segurança da técnica. Os pacientes seriam acompanhados em centros de
referência escolhidos pelo órgão.

ABRADFAL- Associação Brasiliense de Pessoas com Doença Falciforme

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Somos a Associação Brasiliense de Pessoas com Doença Falciforme. UMA ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS. TEMOS COMO OBJETIVO PRINCIPAL: TRABALHAR POR MELHORIA DE QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS COM DOENÇA FALCIFORME. LUTAR POR POLÍTICAS PÚBLICA QUE INCLUAM ESTAS PESSOAS.

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